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Sismo de magnitude 4.7 sentido nas regiões de Lisboa e Setúbal

por RTP
Foto: Pedro A. Pina - RTP

Um sismo de magnitude 4.7 na escala da Richter fez esta segunda-feira a terra tremer nas regiões de Lisboa e Setúbal. O epicentro foi na zona do Seixal, a cerca de 24 quilómetros de distância da capital.

Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), até ao momento não foram registados danos pessoais ou materiais na sequência do sismo. "Não há registo de danos pessoais ou materiais até ao momento", referiu a Proteção Civil em comunicado ao início da tarde.

“Hoje, dia 17 de fevereiro, pelas 13h24 (hora local), foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente um sismo de magnitude 4.7 (Richter) e cujo epicentro se localizou a oeste do Seixal”, acrescentou.Em Fernão Ferro, Seixal, a RTP falou com moradores e comerciantes que disseram ter sentido a terra a tremer.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) informou, por sua vez, que pelas 13h24 “foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente um sismo de magnitude 4.7 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 14 quilómetros a Sudoeste de Seixal”.

“Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima V/VI (instrumental) (escala de Mercalli modificada) no concelho de Almada e Sesimbra”, acrescenta a entidade.

"Foi ainda sentido com menor intensidade nos concelhos de Odemira (Beja), Coimbra (Coimbra), Albufeira, Portimão (Faro), Alcobaça, Leiria (Leiria), Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Oeiras, Vila Franca de Xira, Amadora, Odivelas (Lisboa), Abrantes (Santarém), Barreiro, Moita, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Sines (Setúbal)".

O sismo foi sentido na praia da Fonte da Telha, principalmente quem estava no areal ou nos estabelecimentos à beira mar.

Os surfistas que estavam no mar não se aperceberam, mas a escola náutica da praia suspendeu temporariamente as aulas. 
Réplicas são expectáveis

Em entrevista à RTP, o antigo presidente do IPMA Miguel Miranda sublinhou que este abalo aconteceu na linha da zona de praia da Fonte da Telha, por isso não foram registados danos, ao contrário do que poderia suceder se o sismo fosse num local de densa construção.

Miguel Miranda lembrou ainda que, nestas situações, são expectáveis réplicas.

Num comunicado, o IPMA explica que a localização do epicentro de um sismo “é um processo físico e matemático complexo que depende do conjunto de dados, dos algoritmos e dos modelos de propagação das ondas sísmicas”.

“Agências diferentes podem produzir resultados ligeiramente diferentes. Do mesmo modo, as determinações preliminares são habitualmente corrigidas posteriormente, pela integração de mais informação”, adianta a nota.

Carlos Moedas considera que "não há motivos para alerta" e deixou "uma mensagem de tranquilidade" à população da Grande Lisboa. O presidente da Câmara apelou a que se mantenha a calma, em caso de réplicas, e que os lisboetas tenham os kits de emergência caso seja necessário.

"Não tivemos registos de nenhum dano, nem nenhum pedido de ajuda"
, afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, que confirmou que, apesar disso, houve quem contactasse os serviços autárquicos.

No sentido de deixar uma "mensagem de tranquilidade para os lisboetas", Carlos Moedas relembrou que nos últimos três anos foi lançado um sistema "de controlo e de alerta de tsunami" e foi revisto o plano de emergência do município.

Em caso de haver um sismo, "o que as pessoas devem fazer logo é proteger-se de imediato".

"É a primeira coisa que as pessoas devem fazer", frisou Moedas, acrescentando que só devem sair quando o sismo "estabiliza" e dirigir-se para "um espaço amplo" e para um dos 86 pontos preparados da cidade.

O autarca apelou ainda a que as pessoas mantenham a calma, em caso de réplicas, mas que tenham os kits de emergência preparados.

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